Quando duas pessoas se amam, elas passam a ser apenas uma. São almas gêmeas, é como se Deus trocasse de corpo seus corações no primeiro beijo, ou quem sabe suas almas durante o primeiro olhar.
Assim aconteceu com o poeta e o anjo naquela manhã quando a viu pela primeira vez junto de várias crianças. Nem as flores que soltavam suas petálas como se fosse cartinhas perfumadas ao vento, tinham no perfume igual essência.
Seu sorriso era de uma pureza tanta que se confundia com a inocência dos olhos das crianças que lhe abraçavam para se perfumarem de alegria, dando ao poeta um pouco de ciume.
Uma poesia acendeu-se no coração do poeta quando seus olhos da cor do amor beijou os seus, era como se sua alma para escrever tal poesia acendesse uma foqueira na escuridão do seu coração, ou será que foi nesta hora que Deus fazia a troca dos corações ?
Quando o poeta deixou para traz o enorme casarão, onde o anjo morava, não sabia se algo lhe faltava ou se foi lhe acrescentdo alguma coisa...parecia até que sua alma não lhe pertencia mais.
Era isso que justificaria dias depois o seu corpo querer possuir o anjo. Sentia uma ardência no peito e uma ansiedade de vê-lo a cada hora, a cada munuto...era como se a alma dela que estava em seu corpo queria voltar as suas origem. E a sua alma? Como estaria com ela? O poeta só soube depois quando a encontrou e ambos não poderam evitar o beijo, no entando as almas preferiram continuarem em corpo trocados, pois assim teriam a certeza de que nunca deixariam de se encontrar.
O poeta ainda chora em silêncio...e o anjo também.
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