terça-feira, 30 de setembro de 2008

ANJOS EXISTEM


Os anjos foram mandados á terra com suas missões. Eles permanecem no nosso meio a fazer o bem. São solidários e não ocupam cargos políticos, nem tão pouco se tornam estrelas famosas. Eles preferem o anonimato e muitas das vezes não são nem visíveis, com o é o caso dos nossos anjos da guarda.
Os anjos ajudantes (que eu idealizo aqui neste livro) são quase humanos, por isso qualquer coisa que faça que se aproxime ao pecado, eles perdem suas asas e passam a sentir na pele e na alma a dor do amor. Talvez o preço que paga por sua opção. Um pagamento antecipado que o destino cobra, mas não garante que encontrará a felicidade, no entanto alguns anjos, embriagados de tanto amor renunciam suas asas e se aprisiona numa paixão que poderá até ser efêmera, mas que será eterna enquanto eterno for o amor ou a loucura de uma paixão proibida...o importante é consumir este amor antes que ele os consuma de tanta dor.
Assim é a história de dois anjos sem asas, Vinicius e Renata.
Vinícius, poeta, ex-anjo, pois perdeu há anos suas asas quando encontrou aquela que seria sua alma gêmea, mas ao encontra-se com Renata, um anjo, jovem e cheia de sonhos e fidelidade em sua missão terrena, tudo muda na sua vida.
Renata, em seu quarto não pensava noutra coisa a não ser no poeta e tinha como conselheira o silêncio da noite e a lua que vagava no céu assim como ela, tão linda e solitária. Ele, sabendo na dor de perder as asas, fazia de tudo para que seu anjo o esquecesse e continuasse sua missão, no entanto quando a via triste a única coisa que queria era chorar com ela e dizer, mesmo que o céu caísse sobre os dois que a amava.
Quando seria este dia, não sabia...mas temia que estivesse tão próximo quanto pensava.

Coração Partido


Crescia no coração do poeta um amor indomável que lhe dava medo.
Há muitos anos quando também perdeu suas asas para ser o guardião daquela que jurou amor eterno, ele tinha a certeza de que viveria um grande amor.
Anos depois, durante um parto complicado, sua esposa perdeu aquele que seria seu primeiro e único filho. O seu sonho de ser pai havia ido de água abaixo, pois sua esposa não poderia ter mais filhos.
E numa noite quando ambos voltavam de uma festa de aniversário sofreram um acidente, ficando ela paraplégica. Sem nenhum movimento da cintura para baixo, sendo preciso usar cadeira de rodas mesmo quando queria fazer suas pinturas, seu único passatempo desde então.
Havia também um problema causado pelo acidente que a deixava por vários dias em coma, os médicos não explicavam bem o problema, mas apenas falavam que em caso de cirurgia era 90% de risco de morte.
Ele a amava e sabia da sua dependência. Não poderia deixá-la nunca...e também não podia. Mas também como explicar aquele coração dividido, pois desde que conhece Renata, o seu anjo não sabia o que fazer.
Declarar o seu amor? Ou apenas amá-la em silêncio para não fazê-la sofrer?
Naquela manhã, durante um passeio no bosque para fazer algumas fotos, material de uma matéria sobre ecologia que publicaria no jornal local onde trabalhava de redator, ele avistou novamente o anjo passeando.
Seu coração bateu mais forte no peito quando ela acenou com as mãos.
Ninguém ali presente não percebeu, mas ela vinha levitando como todos os anjos, sobre a água do enorme lago que refletia sua imagem, fazendo o poeta sentir ciúmes de tanta intimidade.
Um sorriso meigo e inocente se desenhou no seu rosto quando o poeta segurou sua mão. Ela tremia e estava gelada. Era de uma pureza que fazia Vinicius, o poeta, ficar mudo, sem palavras. Mas após um breve silencio gaguejou:
- Onde você está indo?
- Estou indo ao orfanato cuidar de minhas crianças.
Ela coordenava um grupo de mulheres que cuidava de crianças órfãs. Um entidade gerenciada pelo clero.
- Posso ir com você?
Ela sorriu. Havia uma certa timidez em seu rosto. Ela passou sua mão sobre a dele e apenas falou.
- Eu queria, mas é bom mantermos uma certa distância.
Aquela frase teve dois momentos no coração do poeta: Um de felicidade porque ele percebeu que o anjo também sentia algo por ele e o outro de que ela relutaria bastante para que tal amor não aflorasse.
- Passei apenas para lhe ver.
- Não faça mais isso.
- Sei que ainda és anjo, mas poderá ser uma amiga.
- Não sei se conseguirei ser apenas amiga e não quero perder minhas asas. Tenho um objetivo na vida e preciso cumprir minha missão.
Quando ela saiu o deixou em pedaços. O poeta ainda fotografou-a caminhando sobre o lago e depois a viu sentada em silêncio, talvez chorando com o coração explodindo de dor.

ASAS PERDIDAS


O anjo mulher não poderia amar o poeta, pois se isso viesse acontecer perderia suas asas... e o amor que lhe perfumava até então, lhe mostraria seus espinhos e o anjo iria conhecer a dor de amar. Ao invés do orvalho que sentia nas faces, correriam lágrimas pelo seu rosto.
Os lábios sedentos de doces beijos também sentiriam o amargo gosto da paixão proibida que fazia de cada encontro furtivos como se fosse o primeiro e o último.
E naquela noite ambos se devoravam como dois loucos à beira do abismo. No ar essencia de amor e pecado...Qual o preço a pagar por tudo isso?
Ambos relutavam para que aquele dia não chegasse e ao mesmo tempo sonhavam possuir o corpo um do outro. O coração venceu a razão e após aquela noite de amor...o anjo mulher perdeu também suas asas.
Agora ambos seriam dois anjos sem asas e opoeta temia que se repetisse com seu anjo a mesma história que viveu há muitos anos quando por um outro amor também perdeu as suas asas e conheceu os extremso da paixão: As pertálas do amor e os espinhos da dor.
Seu coração estava petrificado há bastante anos, mas agora era um campo minado por onde um anjo passeava a ponto de explodir apenas com um olhar ou ao toque de suas asas.

( este texto não encontra-se na sequência do livro. Alias aqui serão apenas trechos aleatório, pois é um rascunho interativo. Nada é definitivo, portanto sujeito a correção. ) Vaumirtes Freire

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

QUANDO TUDO COMEÇOU...


Naquela manhã quando o poeta viu o anjo pela primeira vez percebeu que ele estava triste. E o silêncio no seu olhar o abraçou quando se olharam.

No casarão antigo um imenso jardim circundava-o pulverizando quem passava com o perfume que vinha das inúmeras flores que se curvavam quando o anjo aparecia. Ninguém podia ver suas asas enormes que ultrapassavam suas vestes brancas como se fossem raios de sol, porém o poeta consegui ver e o anjo percebeu isso quando se aproximou dele para perguntar:

- Sempre vem aqui ?

Sua voz soou como o gargarejo da fonte que serpenteia entre as rochas salpicando as flores de lágrimas. Seus olhos, não eram azuis como o céu, nem tão pouco verdes como a mata, mas tinha um tonalidade desconhecida...Se o amor tivesse cor, a cor do amor eram da cor dos seus olhos.
Os cabelos, nem eram pretos, mem loiros, eram uma mistura de fios de sol com pedaços da noite que se entrelaçavam entre si...lindo eram duas madeichas rebeldes que caiam sobre seus olhos se acomodando sobre os aros dos seus óculos. ( Anjo de óculos ) Pensou o poeta quando perebeu que ela com uma elegância somente reservada aos líros, ajeitou-os no rosto...talvez para vê-lo melhor.
E finalmente o poeta quebrou seu silêncio:
_ Somente quando há Saral de poesias. Essa é aterceira vez que participo
E a partir daquele dia, após o anjo rosçar suas asas quase sem querer no poeta, a vida de ambos passaram a se confundir uma com a outra.

Ela ( o anjo ) uma bela jovem que tinha os seus mistério e os seus motivos para não amá-lo, ele ( o poeta ) trazia na mochila da vida um silêncio que o fazia temer amar novamente.
...Ou ambos renunciavam aquele amor que os matavam, ou os dois morreriam de amor. Fazer o que?